Tarifaço de Trump aos EUA é “ação perversa” de grupos ligados a Bolsonaro, afirma presidente da Apex, Jorge Viana.

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, fez declarações impactantes sobre as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos em relação ao Brasil, considerando-as menos um mero problema comercial e mais uma ação orquestrada por grupos políticos vinculados ao governo anterior, de Jair Bolsonaro. Durante um evento na última terça-feira, Viana expressou sua preocupação com o cenário atual, afirmando que a situação exige uma união sem precedentes entre os brasileiros.

“Não consigo encontrar um problema que justifique o que está acontecendo com os Estados Unidos”, destacou Viana. Ele caracterizou as tarifas como “uma ação perversa” que visa prejudicar não só as instituições, mas, fundamentalmente, o trabalhador brasileiro. Para ele, a conotação das restrições comerciais vai além do âmbito econômico, refletindo tensões políticas que, segundo ele, buscam desestabilizar o país. Viana defende que, em momentos como este, é imprescindível que a nação esteja unida para enfrentar esses desafios.

As declarações ocorreram no contexto de uma cerimônia de assinatura de um convênio e tinham como foco o fortalecimento das cooperativas brasileiras. A parceria formalizada entre a Apex e a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) tem o objetivo de fomentar a exportação de produtos agroindustriais produzidos por cerca de 1,5 mil cooperativas ligadas à organização. O projeto, denominado Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), visa proporcionar capacitações e subsídios que possibilitem uma maior inserção dessas cooperativas nos mercados internacionais.

Os dados apresentados pela Unicafes são animadores: 92,6% das cooperativas adotam práticas sustentáveis, 75% atuam na agroindústria, e 73,4% são iniciativas voltadas para a inclusão de jovens e mulheres. Fátima Torres, presidente da Confederação Unicafes, enfatizou a importância do projeto para aumentar tanto a força quanto a competitividade das cooperativas, ressaltando que as capacitações não só atendem ao mercado externo, mas também promovem a gestão e a maturidade das cooperativas dentro do Brasil. Essa estratégia busca não apenas a internacionalização do cooperativismo solidário, mas, fundamentalmente, o fortalecimento da economia local e a valorização das comunidades.

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