Essa articulação ganha força ao se observar a “matemática eleitoral” que envolve a atual composição das chapas. A federação formada por PT, PV e PCdoB está sendo vista como uma oportunidade valiosa, uma vez que o cenário oferece um ambiente propício para candidatos que possuem uma base eleitoral mediana e que buscam conquistar uma das 27 vagas disponíveis no legislativo estadual. Caso sua filiação se concretize, Tarcizo se juntaria a outros nomes que também têm aspirações para o pleito, como Leo Loureiro e Davi Maia, que estão se preparando para se candidatar pelo PV.
A aproximação de Tarcizo com o PT foi facilitada por uma mudança na direção estadual da sigla, ocorrida no primeiro semestre deste ano, juntamente com a derrota do antigo grupo que controlava o diretório em Arapiraca. Vale ressaltar que o filho de Tarcizo, Túlio Freire, atualmente ocupa a vice-presidência municipal do partido, o que tem aberto canais de diálogo e facilitado essa negociação.
Entretanto, essa manobra não vem sem desafios. Uma parte da militância petista, especialmente aquela que se considera “raiz”, demonstra forte resistência à possibilidade de acolher Freire, devido à sua trajetória de oposição ao partido. Mesmo que a direção municipal de Arapiraca aceite sua filiação, a entrada do ex-deputado pode esbarrar em instâncias superiores, como a direção estadual ou até mesmo o diretório nacional do PT, que ainda mantém uma postura crítica em relação ao seu passado político. Diante desse cenário, será necessário acompanhar os desdobramentos dessa articulação que promete agitar a política alagoana nos próximos anos.









