Tarcísio de Freitas condena prisão domiciliar de Bolsonaro: “Absurdo” e defende um fim à crise das instituições políticas no Brasil.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, manifestou forte crítica ao decreto que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na última segunda-feira, dia 4. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, incluindo X (antigo Twitter) e Instagram, Tarcísio classificou a decisão como “absurdo” e sustentou que Bolsonaro já havia sido “julgar e condenado muito antes de tudo isso (o processo) começar”.

A afirmação do governador não se limitou à defesa de seu aliado. Ele questionou abertamente a legitimidade da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), indagando se a democracia deve ser comprometida sob o pretexto de salvá-la. “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Estamos realmente avançando em cima de garantias individuais?”, ponderou Tarcísio, sinalizando uma preocupação com o estado das instituições e a preservação dos direitos fundamentais.

Além disso, Tarcísio argumentou que as acusações contra Bolsonaro, relacionadas à tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro, carecem de provas concretas. O ex-presidente se encontra em prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares estabelecidas pelo STF, que o proibiam de usar redes sociais para se manifestar ou transmitir mensagens, um ponto infringido quando seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, publicou um vídeo com o pai discursando para manifestantes.

O governador defendeu a urgência de ações institucionais que visem a desescalar a crise política atual. Segundo ele, as disputas em curso resultam em um “soma zero”, refletindo uma incapacidade de resolver conflitos e promovendo a perda de confiança nas instituições democráticas.

Embora seja um defensor de Bolsonaro, Tarcísio também enfrenta desafios internos, incluindo embates com o deputado Eduardo Bolsonaro, que critica sua postura em relação a um aumento de tarifas sobre produtos nacionais. Essa discordância surge no contexto da pressão política por uma anistia aos condenados pela tentativa de coup.

Cabe destacar que, apesar de sua falta de comparecimento à última manifestação de apoio a Bolsonaro, realizada no dia 3 de setembro na Avenida Paulista, Tarcísio justificou sua ausência alegando ter passado por uma cirurgia. O governador, que é mencionado como um potencial sucessor de Bolsonaro nas eleições de 2026, almeja capitalizar em cima da influência do ex-presidente em um ambiente político em transformação.

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