Polêmica em torno da Campanha de Sydney Sweeney
A atriz Sydney Sweeney se viu no centro de uma controvérsia acirrada após o lançamento de uma nova campanha publicitária para a marca de jeans American Eagle. O material, que inclui um slogan considerado insensível, gerou uma onda de críticas nas redes sociais, onde os internautas apontaram tanto para uma suposta sexualização da atriz quanto para a ambiguidade do trocadilho entre as palavras “jeans” e “genes”.
Na campanha, Sweeney é vista em situações que sugerem uma forte conotação sexual, o que levou muitas pessoas a traçar paralelos com a famosa campanha da Calvin Klein dos anos 1980, protagonizada pela então adolescente Brooke Shields. No comercial da Calvin Klein, Shields, que tinha apenas 15 anos, fez declarações provocativas sobre seu corpo, gerando grande controvérsia e levando a proibição do anúncio em várias emissoras. As semelhanças foram rapidamente notadas e amplificadas, gerando um debate intenso sobre a representação de mulheres jovens na mídia.
Reações à campanha de Sweeney não vieram apenas do público, mas também de figuras públicas como a rapper Doja Cat, que ironizou o conteúdo em uma postagem no TikTok. O desdobramento se ampliou para o campo político, com apoiadores do ex-presidente Donald Trump usando inteligência artificial para manipular imagens de Sweeney em montagens satíricas.
Outro ponto controverso foi o uso do slogan “Sydney Sweeney has great jeans”, que foi criticado por insinuar um discurso eugenista, dada a conotação de “genes” em relação à aparência da atriz. Em um dos vídeos promocionais da campanha, Sweeney modifica a frase ao riscar “genes” e substituí-la por “jeans”, evidenciando que a escolha de palavras foi intencional.
Controvérsias semelhantes também surgiram em outras campanhas publicitárias, como a de Gavin Casalegno, ator da série “O Verão Que Mudou a Minha Vida”, que fez uma referência a “genes” enquanto promove uma nova bebida da Dunkin’ Donuts. Essa repetição de trocadilhos e a publicidade vinculada à genética levantaram questões sobre como as marcas usam a sexualização e a aparência nas suas campanhas.
Enquanto a discussão continua, a admirável complexidade dessa nova era da publicidade reflete não apenas a luta das celebridades para gerenciar suas imagens, mas também o poder cada vez maior que o público tem para criticar e moldar a narrativa em torno delas.
