Sydney Registra Protesto Histórico com Até 300 mil Pessoas Contra Atuação de Israel e em Defesa das Crianças Palestinas sob Forte Chuva.

Neste domingo, 3 de setembro, uma significativa mobilização tomou as ruas de Sydney, na Austrália, com a participação de pelo menos 100 mil pessoas, embora organizadores afirmem que o número real possa ter chegado a impressionantes 300 mil. Sob um céu encoberto e forte chuva, os manifestantes marcharam pela famosa Ponte Harbour, um dos símbolos mais reconhecidos do país, em um dos maiores protestos da história da cidade. A ação teve como foco a denúncia da atuação de Israel na Faixa de Gaza e trouxe à tona a grave situação de fome que aflige as crianças palestinas.

O evento, organizado pelo Palestine Action Group, começou no Lang Park, no centro da cidade, onde os participantes se concentraram a partir das 13h (horário local). A Ponte Harbour, que tem uma extensão de 1,2 km, foi fechada ao tráfego desde as 11h30 para que os manifestantes pudessem ocupar o espaço sem restrições. A marcha se desenrolou em um clima de solidariedade e determinação, com os participantes clamando por justiça e alertando para as consequências humanitárias do conflito.

Em declarações, Josh Lees, um dos organizadores do protesto, descreveu a mobilização como “uma marcha em massa pela humanidade para impedir um genocídio”, sublinhando a urgência da causa. A manifestação fez ecoar a necessidade de conscientização e ação diante de crises humanitárias.

No entanto, às 15h, a polícia do estado de New South Wales (NSW) enviou mensagens massivas aos celulares na região, ordenando que os manifestantes se dispersassem por motivos de segurança pública. A multidão foi instruída a retornar ao centro da cidade, mas a ação já havia deixado sua marca.

Enquanto a Polícia de NSW inicialmente estimou a presença de cerca de 90 mil participantes, relatos no local por parte de oficiais mencionaram a cifra de 100 mil. Os organizadores, por sua vez, afirmaram que o número pode, de fato, ter superado os 300 mil. O vice-comissário interino da polícia estadual, Peter McKenna, destacou que esse foi o maior protesto que ele e outros oficiais já testemunharam na cidade, sublinhando a magnitude e a relevância do evento em um contexto global cada vez mais tenso.

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