Prisão de Suspeito Relacionado ao Assassinato de Ex-Delegado Gera Polêmica
Na última segunda-feira, um crime chocante abalou a cidade de Praia Grande, em São Paulo. O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado, e as investigações rapidamente se concentraram em Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar. Com 42 anos, Jaguar foi preso sob a suspeita de envolvimento no crime, mas a sua defesa alega que ele não teve qualquer participação no ato violento. De acordo com seu advogado, Adonirã Correia, Jaguar estava trabalhando e subsequentemente buscava sua filha na escola no momento do assassinato.
Jaguar já possui um histórico criminal, com duas condenações por sequestro, mas segundo seu advogado, ele se ressocializou e atualmente trabalha para a Prefeitura de Santos. Correia enfatiza que o seu cliente possui um registro de ponto que poderá comprovar sua presença no trabalho, além de confirmar que ele estava em um local diferente do crime. “É inviável ele estar em dois lugares ao mesmo tempo”, argumentou Correia. A Secretaria de Segurança Pública, entretanto, não divulgou detalhes sobre o alegado papel de Jaguar na morte do ex-delegado.
O mandado de prisão temporária de Jaguar foi emitido na sexta-feira, e ele decidiu se entregar ao advogado já no mesmo dia, buscando garantir sua segurança e a de sua família. Na madrugada do sábado, ele se apresentou à delegacia em São Vicente, onde foi detido. Após a audiência de custódia, a prisão de Jaguar foi mantida e o advogado já solicitou acesso ao processo, que corre sob segredo de Justiça.
Em menos de uma semana após o assassinato de Ruy Ferraz, três suspeitos, incluindo Jaguar, foram presos. Além dele, Dahesly Oliveira Pires, supostamente responsável por transportar um fuzil utilizado no crime, e Luiz Henrique Santos Batista, que teria fornecido uma carona a um dos criminosos, também foram detidos. Outros quatro indivíduos, considerados foragidos, estão sendo ativamente procurados pelas autoridades.
As informações relacionadas a uma casa em Praia Grande, apontada como “QG do crime”, têm gerado interesse. Este local foi identificado como ponto de encontro do grupo que executou Ruy Ferraz e passou por perícia para coletar evidências que possam ajudar na identificação de outros suspeitos. Com um cenário tão complexo, a Polícia Civil continua a realizar diligências para esclarecer as circunstâncias do crime e responsabilizar todos os envolvidos.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes era uma figura conhecida na segurança pública, com 40 anos de carreira na Polícia Civil e um respeitável currículo em diversas especializações. Após sua aposentadoria, ocupava o cargo de secretário de Administração em Praia Grande, onde seu impacto na comunidade era visível. Com circunstâncias ainda obscuras envolvendo seu assassinato, a cidade aguarda ansiosa por respostas e justiça.