O problema começou a se manifestar ainda no fim de semana anterior à virada do ano, afetando não só a saúde das pessoas, mas também o abastecimento de medicamentos. A Prefeitura da cidade confirmou que houve um aumento significativo nos casos de virose no mês de dezembro, com mais de 2.000 atendimentos realizados, porém não divulgou o número específico de pacientes diagnosticados durante o período festivo.
Duas farmácias do centro da cidade também sentiram os impactos do surto, registrando falta de remédios para enjoo e água mineral devido à alta demanda. Além disso, os hospitais e prontos-socorros locais ficaram lotados devido à procura por atendimento médico decorrente do surto.
Diante da situação, a Secretaria Municipal de Saúde precisou tomar medidas emergenciais, ampliando o horário de atendimento em três Unidades Básicas de Saúde, que passaram a funcionar das 7h às 22h. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) continuam operando 24 horas para atender a demanda adicional.
O aumento nos casos de virose levantou preocupações sobre a possibilidade de contaminação da água do litoral paulista. O Boletim de Balneabilidade da Cetesb classificou duas praias do Guarujá, Enseada e Perequê, como impróprias para banho desde o dia 29 de dezembro, indicando um problema ambiental que pode estar afetando a saúde dos banhistas.
A Prefeitura de Guarujá atribuiu o aumento dos casos à combinação de fatores como altas temperaturas, aglomeração de pessoas e falta de cuidados com alimentação, destacando que essa época do ano é propícia para o surgimento de enfermidades desse tipo. Até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo não se pronunciou sobre o assunto.
A situação permanece sob investigação e as autoridades locais estão trabalhando para conter o surto de intoxicação no Guarujá e garantir a segurança dos banhistas e moradores da região. A população deve ficar atenta aos cuidados de higiene e saúde, evitando possíveis contaminações enquanto curtem suas férias à beira-mar.