Supremo Tribunal Federal Valida Decretos de Lula que Restrigem Acesso a Armas e Reverte Flexibilizações do Governo Bolsonaro

Na recente votação do Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria dos ministros se manifestou a favor da legalidade dos decretos emitidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu mandato, que visam restringir o acesso a armas no Brasil. Essas normas, que também contam com a assinatura do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, têm por objetivo reverter as políticas de flexibilização implementadas durante o governo de Jair Bolsonaro.

A análise da ação ocorreu em um plenário virtual, onde a maioria já se posicionou de forma favorável à manutenção das regras estabelecidas por Lula. A Advocacia-Geral da União (AGU) foi a responsável por protocolar a ação, buscando validar a constitucionalidade dos decretos que impuseram uma série de restrições significativas relacionadas à posse e ao comércio de armamentos no país.

Entre as principais diretrizes estabelecidas pelos decretos, destacam-se a suspensão de registros para a compra e transferência de armas de uso restrito pelos Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs), bem como a imposição de limites rigorosos quanto à quantidade de armas e munições que podem ser adquiridas. Além disso, as novas normas visam centralizar o controle das atividades de armamento na Polícia Federal, garantindo uma supervisão mais eficaz no setor.

O relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, ressaltou que entre os anos de 2018 e 2022 houve uma desarticulação das medidas de controle de armas, resultando em um aumento considerável no número de CACs armados. De acordo com Mendes, os decretos implementados pelo atual governo são fundamentais para restaurar a ordem e a segurança pública, alinhando-se aos princípios do Estatuto do Desarmamento, que busca regular a posse e o porte de armas no país de maneira responsável.

Diante do crescente debate sobre a segurança pública e o controle sobre armamentos no Brasil, a decisão do STF representa um passo significativo na articulação de políticas mais rigorosas e responsáveis, refletindo as preocupações e demandas sociais em relação ao armamento da população. A expectativa agora recai sobre como essas novas regulamentações serão implementadas e qual será o impacto delas na segurança nacional.

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