Supremo Tribunal Federal decide se Alexandre de Moraes será declarado impedido de relatar investigação sobre tentativa de golpe de Bolsonaro.

No próximo dia 6 de dezembro, em sessão virtual, o Supremo Tribunal Federal dará início às deliberações sobre a possível suspeição do ministro Alexandre de Moraes de relatar o processo que envolve as tentativas de golpe de Estado atribuídas pela Polícia Federal a Jair Bolsonaro e outros 36 envolvidos.

A solicitação para afastar Moraes do caso partiu do próprio Bolsonaro, argumentando que o ministro, como um dos possíveis alvos do golpe fracassado, não teria isenção para julgar a questão de forma imparcial. No entanto, cabe a Moraes decidir se deve se declarar suspeito ou não, uma vez que é parte interessada na situação.

Após o pedido de Bolsonaro ser negado pelo presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, o caso será analisado pelos demais ministros antes do início do recesso de fim de ano do Judiciário. Tudo indica que Moraes será mantido como relator do processo, visto que ele também é relator de outros casos relacionados, como o das fake news.

No início de 2025, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, decidirá se denuncia ou não Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolição da democracia. Caso sejam denunciados, eles se tornarão réus e serão julgados pelos ministros do STF.

A expectativa é de que a maioria dos ministros vote a favor da denúncia de Gonet, levando à condenação dos acusados. No entanto, prevê-se que os ministros indicados por Bolsonaro, como Kassio Nunes Marques e André Mendonça, possam votar contra as condenações.

Em meio a toda essa situação, há a possibilidade de Bolsonaro tentar fugir antes do julgamento, o que levanta a necessidade de monitoramento por parte da Polícia Federal para evitar a fuga. Acredita-se que, se não escapar, Bolsonaro será preso juntamente com os demais condenados, encerrando assim um capítulo importante na história política do país.

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