Após a ordem de soltura, o advogado de Gilson Machado, Célio Avelino, confirmou que o mandado já havia sido expedido e que o ex-ministro deve ser libertado nas próximas horas. No entanto, a libertação não é irrestrita. Em vez disso, Gilson Machado terá que cumprir uma série de medidas cautelares. Entre essas medidas, ele deverá se apresentar periodicamente à Justiça, o que inclui a proibição de sair do país, o cancelamento de seu passaporte e a restrição ao contato com outros investigados no caso.
Nesta mesma manhã em que Machado foi preso, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal e negou que tivesse qualquer intenção de deixar o Brasil. Contudo, as investigações revelaram que sua família já havia embarcado para os Estados Unidos no mês anterior. Em uma audiência anterior, Moraes havia solicitado explicações de Cid sobre o processo de solicitação de cidadania portuguesa, que foi iniciado em janeiro deste ano, logo após os ataques de 8 de janeiro.
O advogado de Cid, Cesar Bittencourt, esclareceu que o pedido de cidadania foi feito para incluir a família, que já possuía o status de cidadãos portugueses. Ele ressaltou que a carteira de identidade portuguesa, emitida e enviada em 2024, é um documento que confere apenas identificação no país, sem implicações relativas à intenção de deixar o Brasil.
Esses acontecimentos marcam mais um capítulo nas investigações sobre ações que podem ameaçar a democracia brasileira, com antigos membros da administração Bolsonaro sob intenso escrutínio.