Supremo Tribunal Federal condena Carla Zambelli e Walter Delgatti por crimes cibernéticos; deputada recebe dez anos de prisão e hacker, oito anos e três meses.



Na noite desta quarta-feira, o julgamento da deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, e do hacker Walter Delgatti Neto chegou ao fim, marcando um capítulo importante na luta contra a impunidade. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, pela condenação dos dois réus. A sessão, que teve início na última sexta-feira, 9 de fevereiro, foi realizada no plenário virtual da Corte e culminou em uma decisão firme dos ministros.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, contou com o apoio dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, formando uma maioria inquestionável no julgamento. Com os votos adicionais de Luiz Fux e Carmen Lúcia, ficou claro que a Corte não tolerou as condutas ilícitas apresentadas nas acusações.

A deputada Zambelli recebeu uma sentença severa de dez anos de prisão em regime inicialmente fechado, além de uma multa considerável e a perda de seu mandato parlamentar, que será efetivada apenas após o esgotamento dos recursos legais. Sua inelegibilidade também foi decretada, o que impede sua participação em futuras eleições. Já o hacker Walter Delgatti, que está sob custódia em prisão preventiva, foi condenado a oito anos e três meses de reclusão, além de uma multa a ser paga, refletindo a gravidade de suas ações.

Ambos os condenados deverão ainda arcar com o pagamento de R$ 2 milhões a título de indenização por danos morais e coletivos, um valor que sublinha o impacto de seus delitos na sociedade.

As acusações, elaboradas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sustentaram que Zambelli e Delgatti estavam envolvidos em um esquema de invasão de dispositivos eletrônicos e falsidade ideológica. O objetivo, segundo a denúncia, era sabotar o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a intenção de desacreditar as instituições judiciárias brasileiras e fomentar atos que atacassem a democracia.

Neste contexto, o julgamento representa um avanço significativo na aplicação da lei e na proteção das instituições democráticas do país, demonstrando que ações criminosas não ficarão impunes, independentemente da posição ocupada pelos envolvidos.

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