A Procuradoria Geral da República (PGR), ao longo do inquérito, solicitou a condenação de nove dos dez réus por uma série de crimes graves. As acusações vão desde organização criminosa armada até tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, os réus são imputados por dano qualificado, por meio de violência e ameaça à propriedade pública, bem como deterioração de patrimônio tombado. Contudo, a defesa dos envolvidos refutou todas as alegações, pleiteando a absolvição de seus clientes.
Um ponto digno de nota é a decisão da PGR em reavaliar a conduta do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Junior, que, após a revisão, terá sua acusação ajustada para incitação ao crime, ao invés de participar do núcleo organizador do golpe. O procurador-geral, Paulo Gonet, argumenta que as provas obtidas demonstram que os acusados lideraram atividades violentas e extremas dentro do plano, que só não avançou devido à firme atuação de comandos do Exército e da Aeronáutica, que conseguiram barrar suas iniciativas.
Além disso, a primeira turma do STF também está programada para avaliar o núcleo 4 do caso nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro, mantendo a atenção da opinião pública e dos analistas políticos voltada para o desfecho desse processo significativo. A expectativa é alta em relação ao impacto que esses julgamentos terão sobre a atual conjuntura política e judicial do Brasil, que ainda se recupera das tensões geradas por tentativas de desestabilização institucional.