Com essa determinação, Eduardo Bolsonaro está proibido de realizar qualquer transação financeira, o que inclui, entre outros, a impossibilidade de receber doações em dinheiro, como aquelas enviadas por seu pai, Jair Bolsonaro. O ex-presidente, que já declarou ter transferido cerca de R$ 2 milhões para Eduardo, agora se vê em uma situação complicada, pois essas operações são essenciais para sustentar a estadia do deputado nos Estados Unidos, onde ele reside desde março deste ano. Na ocasião, o deputado alegou ter solicitado licença do mandato por motivos de perseguição política, e a licença expirou no último dia 20.
É importante ressaltar que a recusa de Eduardo em retornar ao Brasil pode acarretar complicações mais sérias, incluindo a possibilidade de cassação do seu mandato, conforme estabelece o regimento interno da Câmara dos Deputados. Atualmente, ele é investigado no Supremo por supostamente incitar o governo dos EUA a interferir em assuntos internos do Brasil, especialmente no âmbito da investigação sobre um suposto golpe, do qual Jair Bolsonaro também é um dos réus.
Recentemente, em uma ação relacionada a esse inquérito, Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que resultou na imposição de uma tornozeleira eletrônica e restrições de horários de circulação. As medidas cautelares, determinadas por Moraes, foram fundamentadas em alegações da Procuradoria-Geral da República sobre o risco de fuga de Jair Bolsonaro, que enfrenta um julgamento previsto para setembro.
Esse desenrolar de eventos evidencia um momento crítico na política brasileira, onde as relações familiares, as acusações de perseguição e as investigações criminais se entrelaçam em um cenário de incerteza e controvérsia. O futuro de Eduardo Bolsonaro no Congresso e as implicações para sua família e aliados permanecem em aberto, enquanto o Brasil acompanha atentamente os desdobramentos desta situação legal.