Desde fevereiro deste ano, o Departamento de Segurança Interna (DHS) intensificou os esforços de deportação, enviando estrangeiros condenados nos EUA para países que muitas vezes não têm vínculos diretos com eles. Essa prática levantou uma série de preocupações entre defensores dos direitos humanos, que argumentam que essa abordagem viola o direito ao devido processo legal. Muitas organizações se mobilizaram judicialmente para contestar as deportações, enfatizando que o governo deve assegurar a proteção e a dignidade dos deportados.
A Casa Branca, após enfrentar resistência legal, recorreu à Suprema Corte, que acatou o pedido. Essa ação foi seguida pela decisão de suspender programas humanitários que permitiram a permanência temporal de milhares de migrantes, ampliando assim as tensões em torno da imigração nos Estados Unidos.
Nos últimos dias, cidades como Los Angeles viram protestos maciços contra as ações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE). Os manifestantes, em sua grande maioria apoiados por comunidades migrantes, expressaram indignação diante da suposta brutalidade das operações de deportação, que foram intensificadas com a alocação de 4 mil integrantes da Guarda Nacional. Autoridades locais classificaram as respostas do governo como excessivas, demonstrando a polarização em torno da questão imigratória.
Após os protestos, houve uma ordem para que os serviços de imigração limitassem as atividades de batidas e prisões, numa tentativa de pacificar a situação. O panorama atual é um reflexo dos intensos debates sobre imigração e direitos humanos, revelando as complexidades e tensões que permeiam essa discussão nos EUA.