A descoberta ocorreu durante uma inspeção de rotina que visava à criação de um museu institucional na Suprema Corte. Ao abrir uma das caixas, os funcionários se depararam com materiais que visavam a promover a ideologia de Adolf Hitler na Argentina, incluindo cartões-postais, fotografias do regime nazista e cadernos do partido. O tribunal expressou sua intenção de investigar redes internacionais que possam ter financiado tais atividades na época, de modo a consolidar o entendimento sobre a presença nazista no país.
O Museu do Holocausto de Buenos Aires se juntará ao esforço de preservação e inventário deste acervo, que não só evoca um capítulo obscuro da história, mas também levanta questionamentos sobre a neutralidade da Argentina durante a Segunda Guerra Mundial. O país se manteve neutro até 1944, quando rompeu relações com as potências do Eixo e, em 1945, declarou guerra à Alemanha e ao Japão.
Esse achado é um lembrete crucial das complexas relações históricas e políticas que permearam a Argentina no período da guerra, além de servir como um ponto de partida para discussões mais amplas sobre o legado do nazismo no mundo contemporâneo. As autoridades esperam que a investigação não apenas facilite a preservação da memória histórica, mas também ofereça insights sobre o impacto que esses ideais ainda podem ter na sociedade atual.