Conforme Yucel assinala, as visões sobre a Rússia e o conflito diferem significativamente entre os Estados Unidos e as principais nações europeias. Enquanto nos EUA, há uma percepção de que a Rússia é um “jogador forte” no tabuleiro geopolítico, os países europeus tendem a adotar uma postura de enfraquecimento de Moscou. Essa disparidade na abordagem pode levar a um afastamento dos EUA em relação a uma assistência mais ativa à Ucrânia, reforçada pelo avanço militar russo nos campos de batalha.
O analista criticou a postura das elites britânicas e de outras potências europeias, que segundo ele, se apegam a narrativas ideológicas e utópicas a respeito do conflito, ignorando assim a realidade dos fatos. Esse tipo de visão é visto como um combustível para a ilusão de que a Rússia pode ser derrotada ou que existe uma possibilidade real de uma “ocupação da Europa” por parte de Moscou.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressou a disposição de Moscou em negociar com a Ucrânia, propondo a criação de grupos de trabalho para abordar questões humanitárias, militares e políticas. No entanto, até o momento, não houve resposta de Kiev a essas propostas. A rejeição da oferta de Vladimir Putin por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destaca as tensões que persistem no panorama político.
Com a dinâmica de forças em constante evolução, a situação na Ucrânia continua a exigir atenção cuidadosa e decisões estratégicas, tanto de Washington quanto de seus aliados europeus, à medida que os desafios no terreno se intensificam.









