De acordo com especialistas, as supercélulas são tempestades associadas a mesociclones, caracterizadas por uma corrente de ar girando dentro da nuvem. Este tipo de fenômeno é considerado um dos menos comuns, mas também um dos mais severos, causando fortes impactos como ventos intensos e granizo, além de persistir por várias horas. Por essa razão, as supercélulas geram preocupação entre os meteorologistas e autoridades locais.
A formação da supercélula em Cerro Chato foi resultado da combinação de uma frente fria vinda da Patagônia e uma área de baixa pressão, que também provocaram temporais na Argentina e no próprio Uruguai. No Rio Grande do Sul, a tempestade atingiu inicialmente a fronteira sul, passando por municípios como Jaguarão e Aceguá, e expandindo-se ao longo da noite para a Campanha e Sul do estado, com nuvens mais carregadas se aproximando de Bagé, Pelotas e Rio Grande.
A previsão da Metsul Meteorologia é de que as áreas de instabilidade se mantenham no sul do estado, mas com tendência de perder força ao longo da quinta-feira (7/2), sem se deslocar para outras regiões. No entanto, devido à atmosfera ainda quente, há a possibilidade de mudanças na previsão, com chances de avanço da instabilidade para o norte, o que aumenta a atenção das autoridades e da população local.
Apesar da presença de nuvens e aumento da nebulosidade, o sol continua predominando na maior parte do estado, com previsão de chuvas irregulares entre a tarde e a noite. A estiagem que afeta algumas regiões do Rio Grande do Sul não será revertida, mantendo áreas na fronteira com o Uruguai, além de partes do oeste e sul, com baixos índices de chuva expressiva. A população deve permanecer atenta às informações meteorológicas e tomar as devidas precauções diante de possíveis mudanças no clima.
