Sul Global Lidera Debate Climático Enquanto Países Ricos Permanecem Silenciosos, Afirma Presidente da COP30

Em uma coletiva realizada no dia 13 de outubro de 2025, o embaixador André Corrêa Lago, presidente da COP30, destacou a crescente liderança dos países do Sul Global nas discussões climáticas, em contraste com a apatia percebida nas nações do Norte. A declaração de Lago ocorre a menos de um mês da conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será sediada em Belém, Pará, e será um marco para discutir as vastas lacunas na ação climática global.

O embaixador ressaltou que, enquanto diversas nações em desenvolvimento — como China, Índia e Paquistão — estão investindo esforços significativos e firmando compromissos para mitigar as mudanças climáticas, a Europa permanece inerte, sem atualizar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Esta falta de compromisso é alarmante, já que as NDCs representam uma ferramenta crucial no combate à crise climática, essencial para a redução das emissões globais.

Lago enfatizou a necessidade urgente de que os países do Norte se manifestem e assume que o Sul Global deve ser o protagonista nas tomadas de decisões climáticas. “Nós estamos diante de um momento do Sul Global”, afirmou, acentuando que a capacidade de definir as prioridades globais agora recai sobre essas nações. O embaixador também expressou preocupações acerca da omissão do Norte, evidenciando que essa situação é crítica para o avanço das discussões climáticas.

Outro ponto importante levantado por Lago foi a escassez de recursos enfrentada por muitos países do Sul, que limitam a implementação de suas metas climáticas. Ele citou o exemplo do Suriname, que precisa de investimentos bilionários para adaptar suas infraestruturas às mudanças climáticas, enfatizando que, mesmo com o compromisso e a vontade política para agir, a falta de financiamento impede a execução de planos efetivos.

O discurso de Lago indica que a COP30 terá um impacto decisivo nas ações climáticas globais e uma expectativa por parte dos países do Sul de que a conferência não apenas aumente a ambição climática mundial, mas também desbloqueie os recursos necessários para a ação eficaz. Enquanto o tempo para agir diminui, o novo protagonismo do Sul Global pode simbolizar uma esperança para o futuro do nosso planeta.

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