A relação entre a Otan e a Rússia tem sido tensa, especialmente após a invasão russa da Ucrânia, o que desencadeou a insatisfação de Moscou com a entrada de novos países na aliança militar. A promessa de “contramedidas” por parte da Rússia não deixa claro o que exatamente será feito, mas levanta preocupações sobre a segurança coletiva na região do Mar Báltico.
A decisão da Suécia de aderir à Otan representa uma quebra de tabu em relação à neutralidade do país em conflitos armados, uma postura adotada desde as Guerras Napoleônicas do século XIX. A integração da Suécia à União Europeia em 1995 marcou o início do fim dessa neutralidade, com acordos de cooperação em Defesa se intensificando desde então.
A Suécia entra para a Otan com uma capacidade militar significativa, incluindo uma indústria armamentista forte e tecnologia de ponta. Além disso, ela possui a Marinha mais antiga do mundo, com quatro submarinos e outros navios de combate. O país se comprometeu a aumentar seus gastos com Defesa para atingir a meta de 2% do PIB exigida pela Otan até 2026.
A entrada da Suécia e da Finlândia na Otan possibilita uma maior coordenação na região do Mar Báltico, fortalecendo a segurança dos países bálticos contra possíveis ameaças vindas da Rússia. A mudança na postura da Europa, unida contra a crise de segurança na região, demonstra a relevância da aliança militar em momentos de tensão internacional.
A resposta russa à entrada da Suécia na Otan levanta preocupações sobre uma possível escalada de tensões na região do Mar Báltico. A Rússia demonstrou insatisfação com a presença da Otan em suas fronteiras e prometeu fortalecer suas posições, o que pode aumentar os riscos de conflitos na região. A criação do “Lago da Otan” traz uma nova dinâmica geopolítica que requer vigilância por parte dos países envolvidos.