Suécia pode aumentar gastos com defesa em resposta a situação de segurança na Europa, diz primeiro-ministro Ulf Kristersson em conferência recente.

O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, sinalizou a possibilidade de um aumento ainda maior nos gastos com defesa do país, em meio a um contexto internacional de crescente tensão. Em uma recente declaração, Kristersson afirmou que não descarta “medidas adicionais” para fortalecer a defesa sueca, enfatizando a necessidade de que a Suécia se adapte a uma realidade onde, apesar de não estar em guerra, também não se encontra em um estado de paz plena.

Atualmente, a Suécia já planeja elevar seus gastos militares para 2,6% do PIB até o ano de 2028. Isso ocorre em um contexto mais amplo, onde países vizinhos, como os da região báltica e a Polônia, investem percentuais ainda mais altos de suas economias em defesa, com a Polônia superando 4% do PIB e os bálticos alcançando 3%. Esta comparação foi utilizada por Kristersson para pressionar por um maior comprometimento dos países europeus que fazem parte da OTAN, enfatizando que é vital que eles façam “mais” para aprimorar suas capacidades defensivas.

Em termos concretos, até 2030, os investimentos suecos em defesa militar devem somar cerca de 170 bilhões de coroas suecas, o que equivale a aproximadamente R$ 94,4 bilhões. Além disso, os gastos destinados à defesa civil devem alcançar 37,5 bilhões de coroas suecas, cerca de R$ 20,7 bilhões. O governo sueco planeja, dentro desse período, utilizar uma parte significativa de seus recursos para modernizar e prolongar a vida útil do equipamento militar existente, além de reforçar os estoques de munição e os sistemas de defesa aérea.

Essas discussões sobre o aumento dos orçamentos de defesa na Europa estão se tornando cada vez mais prevalentes entre os países membros da OTAN. Durante uma recente coletiva, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, reiterou a necessidade de que as nações aliadas se comprometam a aumentar seus investimentos em defesa nos próximos anos. Contudo, a posição de alguns líderes, como Olaf Scholz da Alemanha, tem surgido em contrariedade a esse movimento, refletindo um debate complexo sobre prioridades no cenário global atual.

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