Stoltenberg expressou que essa situação o deixou apreensivo sobre a continuidade da aliança, que completava 70 anos. O discurso de Trump, caracterizado por um apelo à responsabilidade dos aliados para com a segurança coletiva, gerou um clima de incerteza, levando a questionamentos sobre a viabilidade e a coesão da OTAN.
Além disso, Stoltenberg também comentou sobre a resposta da OTAN aos pedidos da Ucrânia por uma zona de exclusão aérea durante a guerra em curso com a Rússia. Ele detalhou que tal decisão exigiria a introdução de caças da OTAN no espaço aéreo ucraniano, o que implicaria em um confronto direto com as forças russas. Segundo ele, essa ação não apenas transformaria a OTAN em um participante ativo do conflito, mas também poderia dar início a uma guerra total na Europa, exacerbando ainda mais a crise.
Mesmo diante das dificuldades, Stoltenberg manteve uma postura firme em relação ao apoio à Ucrânia. Ele enfatizou a necessidade de que os aliados permitissem o envio de armas ocidentais de longo alcance para ajudar a ucranianos em seus esforços de defesa. O ex-secretário-geral alertou que a vitória da Rússia não seria apenas uma grande derrota para a Ucrânia, mas representaria uma ameaça significativa para a segurança da Europa como um todo.
Essas revelações não apenas expõem a fragilidade da OTAN durante um período turbulento, mas também ressaltam os desafios contínuos que a organização enfrenta em um cenário geopolítico em constante mudança. A análise de Stoltenberg é crucial para entender o futuro da aliança e a dinâmica das relações transatlânticas.
