A decisão de Moraes vem no contexto do julgamento que resultou na condenação de Heleno, por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o ministro, a defesa do general apresentou “informações contraditórias” sobre a condição de saúde de seu cliente. Embora Heleno tenha afirmado que padecia da doença desde 2018, a defesa revisou esta afirmação ao declarar que o diagnóstico foi confirmado apenas no início deste ano. A discrepância nas informações levou Moraes a solicitar uma perícia detalhada.
Heleno, que recebeu uma pena de 21 anos de prisão, não é o único a enfrentar as consequências legais de suas ações; Paulo Sérgio Nogueira, que também ocupou o cargo de ministro da Defesa, foi condenado a 19 anos. Ambos foram detidos em 25 de novembro, e são considerados membros do núcleo central da conspiração golpista, segundo o STF. As acusações contra eles incluem dano qualificado por violência, deterioração de patrimônio tombado, e organização criminosa, além da tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A defesa de Heleno, além de destacar seu suposto estado de saúde, mencionou antecedentes de transtornos depressivos e de ansiedade, o que complicaria ainda mais a situação do ex-ministro. O pedido para que Helena cumpra suas penas em prisão domiciliar foi submetido, mas ainda depende da avaliação médica determinante para o futuro legal do ex-ministro.
Esse caso traz à tona questões relevantes sobre o impacto da saúde mental nas decisões judiciais e destaca a complexidade das situações enfrentadas por figuras políticas envolvidas em grandes escândalos de corrupção e tentativa de desestabilização do governo. Agora, aguarda-se ansiosamente o resultado da perícia médica, que pode influenciar decisivamente no futuro de Heleno, além de redefinir questões importantes sobre responsabilidade e justiça no cenário político brasileiro.









