O ministro Moraes fundamentou sua decisão na falta de pertinência do pedido, afirmando que Aras não teria informações que pudessem elucidar os fatos criminosos atribuídos a Martins. Com isso, a defesa precisará buscar alternativas para fortalecer sua argumentação diante da Justiça.
Filipe Martins é um dos seis réus identificados no núcleo 2 dessa investigação, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), seria responsável por orquestrar ações que dariam suporte à suposta tentativa de golpe. Os outros envolvidos são Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto da Segurança Pública do DF, Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército, Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal, e Mário Fernandes, general da reserva do Exército.
Além do pedido em relação a Augusto Aras, a defesa de Filipe Martins tentou incluir o sub-procurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, na lista de testemunhas, mas essa solicitação também foi negada por Moraes. Outro pedido recusado foi a testemunha do cônjuge de Martins, Anelise Hauagge, considerada desnecessária pelo magistrado.
No entanto, a defesa conseguiu que outros nomes, como Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, fossem aceitos como testemunhas. As oitiva dos filhos do ex-presidente está agendada para o dia 16 de julho às 9h, e ocorrerá por videoconferência. Os depoimentos de testemunhas, tanto da acusação quanto da defesa, estão programados para acontecer entre 14 e 21 de julho, numa fase essencial para o desenvolvimento do processo judicial. Essa etapa é crucial para esclarecer os eventos que cercam as alegações de uma tentativa de subversão da ordem democrática no país.