Braga Netto, que ocupou posições de destaque como ministro da Casa Civil e da Defesa durante a presidência de Jair Bolsonaro, foi detido no dia 14 de dezembro sob a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2024. O ex-ministro enfrenta várias charges, incluindo a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em golpe de Estado e organização criminosa. Essas acusações estão embasadas em indícios apontados pela Operação da Polícia Federal, que investiga as ações do general em relação a um complô que visava obstruir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa de Braga Netto argumentou que as alegações não têm validade temporal suficiente para justificar a sua prisão. No entanto, a Procuradoria Geral da República já havia se manifestado favoravelmente à manutenção da detenção, afirmando que a soltura do general poderia prejudicar a instrução do processo e a eficácia da lei penal. Os advogados disseram que os argumentos apresentados para a detenção são infundados e não correspondem à realidade dos fatos.
De acordo com as investigações, o general teria sido um dos principais articuladores do esquema golpista, tentando acessar informações sigilosas referentes a uma delação premiada feita por seu ex-ajudante, Mauro Cid. Este caso se complica ainda mais com a menção ao ex-presidente Bolsonaro, que, segundo o relatório da PF, é apontado como participante ativo e com domínio nas manobras para desestabilizar o governo. As graves imputações levantadas contra Braga Netto e Bolsonaro refletem um cenário delicado na política brasileira, trazendo à tona questões sobre a integridade do Estado democrático e a segurança política do país. As repercussões dessa decisão do STF são significativas, já que desafiam as dinâmicas de poder à medida que o país avança nas suas instabilidades políticas.