STF Forma Maioria e Torna 10 Acusados Réus em Tentativa de Golpe de Estado no Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou uma decisão importante ao formar maioria de votos que tornam réus mais dez indivíduos acusados de tentativa de golpe de Estado. A votação contou com o respaldo dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux, enquanto os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Entre os acusados, figura um policial federal e nove militares do Exército, que agora enfrentam graves acusações, incluindo organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático. O núcleo acusado, denominado “Núcleo 3”, é suspeito de planejar a execução de um sequestro do ministro Alexandre de Moraes, além de pressionar o comando do Exército para aderir ao plano golpista, o que revela a seriedade das intenções que estão sendo investigadas.

Os militares que se tornaram réus incluem coronéis renomados, como Bernardo Romão Correa Netto e Márcio Nunes de Resende Júnior, além de outros tenentes-coronéis e um general do Exército. Muitos deles são associados a forças especiais, conhecidos como “kids pretos”, o que leva a crer que a articulação envolvia uma estrutura militar significativa.

Ao falar sobre a transformação dos denunciados em réus, o relator do caso, Alexandre de Moraes, não hesitou em caracterizar a ação como um atentado contra a democracia perpetrado no ano de 2022. Moraes destacou que, independentemente do golpe não ter se concretizado, a tentativa já é considerada um crime. “Houve o atentado. Havia um plano, e se ele não se consumou, o crime permanece consumado”, afirmou, ressaltando a gravidade do que estava em jogo.

O caso evidencia como a instabilidade política no Brasil ainda gera repercussões significativas, com esses desdobramentos legais refletindo a luta contínua pela manutenção da ordem democrática no país. As investigações e os processos decorrentes podem ter um impacto duradouro não apenas sobre os indivíduos diretamente envolvidos, mas também sobre a segurança das instituições brasileiras. A sociedade aguarda os próximos passos dessa complexa trama judicial, que continua a se desenrolar no cenário nacional.

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