STF encerra tentativa de conciliação sobre o IOF sem acordo e avança para análise judicial
Na tarde desta terça-feira, 15 de julho de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou uma audiência destinada à conciliação envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sem que as partes chegassem a um consenso. O encontro, mediado pelo ministro Alexandre de Moraes, visava discutir os conflitos gerados por decretos presidenciais que alteraram as alíquotas do IOF, abrangendo setores como crédito, câmbio, seguros e títulos, e a subsequente derrubada dessas medidas pelo Legislativo por meio de um decreto legislativo.
Com a ausência de uma solução amigável, Moraes resolveu encaminhar o caso para uma análise detalhada do mérito judicial, sem delongas. A expectativa é que a decisão final do STF traga clareza sobre as responsabilidades e limites do Executivo e do Legislativo em questões tributárias.
O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, representou o governo durante a audiência. Apesar da relevância do assunto, Messias optou por não prestar declarações à imprensa ao final da sessão, embora tenha enfatizado que não houve avanço nas negociações de conciliação. O documento resultante da audiência indicou que todas as partes preferiram aguardar a deliberação do STF em vez de buscar um acordo.
O debate sobre o IOF ocorre em um momento em que as tensões entre os poderes Executivo e Legislativo estão em alta. Os representantes do Congresso argumentam que as mudanças no IOF, implementadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representam um desvio de finalidade e violam a Constituição ao tributar operações que antes eram isentas. Em contrapartida, a AGU sustentou que os atos do presidente foram baseados em argumentos técnicos e respeitaram a separação de poderes.
O STF, por sua vez, suspendeu as alterações tributárias propostas pelo governo, buscando garantir estabilidade durante a avaliação do caso. A decisão final deverá influenciar significativamente a dinâmica política e econômica do país nas próximas semanas, revelando as tensões que permeiam o sistema de governança brasileiro. Com o desenrolar dos acontecimentos, a expectativa é de que as implicações façam ecoar não apenas no âmbito jurídico, mas também nas esferas política e econômica do Brasil.