STF determina reorganização das bancadas estaduais de deputados, gerando crise política na Câmara dos Deputados.

Santa Catarina é um dos Estados contemplados com ganho de quatro vagas no projeto que modifica as bancadas de deputados federais. A medida, proposta por Rafael Pezenti (MDB) e Caroline de Toni (PL), gerou desconfiança na Câmara, pois ambos são catarinenses e ocupam posições de destaque no cenário político. No entanto, a pressão para que o Congresso se ajuste ao último censo populacional veio do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu um prazo para a adequação, sob ameaça de intervenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo legislativo.

Além de Santa Catarina, Pará receberá mais quatro vagas, Amazonas ganhará duas, enquanto Ceará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso terão uma vaga adicional cada. Por outro lado, a Paraíba e a Bahia enfrentarão redução de duas vagas cada, assim como Alagoas, representada por Arthur Lira (PP), também perderá uma vaga.

Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí e Pernambuco terão diminuição de representantes na Câmara dos Deputados, totalizando a redistribuição de vagas sem alterar o número total de 513 parlamentares.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um plano de corte de gastos públicos que incidirá principalmente nos chamados “gastos tributários”, com foco em isenções concedidas a empresas e setores da economia. Essa medida, que tem sido chamada de “Malddad”, suscita críticas e preocupações sobre o aumento da carga tributária para compensar as reduções previstas.

É evidente a movimentação intensa nos bastidores do poder, com ajustes nas representações dos Estados no Congresso Nacional e debates sobre cortes de despesas públicas. A população e os setores envolvidos aguardam com expectativa as decisões que serão tomadas e os impactos que poderão causar no cenário político e econômico do país.

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