Com essa declaração, o STF não apenas encerra a fase judicial deste caso, mas também abre caminho para que as condenações se tornem efetivas. Dentre os condenados, Bolsonaro recebeu uma pena significativa de 27 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado. A defesa do ex-presidente já sinalizou sua intenção de pleitear a conversão da pena para prisão domiciliar, argumentando razões como a sua idade avançada e problemas de saúde, fatores que podem influenciar a decisão da Justiça.
Por sua vez, Ramagem foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão, também em regime inicial fechado, devido à sua participación na articulação que visava desestabilizar o funcionamento das instituições democráticas. Já Anderson Torres, que foi considerado um protagonista na tentativa de garantir a permanência de Bolsonaro no cargo, foi sentenciado a 24 anos de prisão. Seu papel incluiu a manipulação de forças de segurança e a promoção de desinformação visando deslegitimar as eleições.
Ainda em resposta ao processo, o Exército cumpriu mandados de prisão de generais que também foram condenados pelo STF por sua participação no que foi chamado de “núcleo 1” do golpe. Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira estão sendo levados ao Comando Militar do Planalto para o cumprimento das suas respectivas penas.
O próximo passo, já anunciado pelo ministro Alexandre de Moraes, será definir onde as penas dos três réus serão cumpridas. Enquanto isso, a sociedade brasileira observa atentamente os desdobramentos desse caso que, sem dúvida, reverbera e impacta a política e a democracia no país.
