A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo foi procurada para comentar a decisão do STF, e informou que até aquele momento ainda não havia sido notificada e que, assim que receber a notificação, irá fornecer as devidas informações solicitadas. Segundo Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado, os equipamentos não farão gravações ininterruptas, mas serão acionados durante as ocorrências.
O contrato prevê um investimento de R$ 4,3 milhões mensais e um total de R$ 105 milhões, com duração de 30 meses a partir de setembro de 2024. O ministro Barroso determinou que a gestão estadual anexe o contrato na íntegra, bem como outros acordos vigentes para o fornecimento das câmeras corporais, e apresente um cronograma detalhado de execução do contrato, incluindo informações sobre testes, treinamento e capacitação para a implantação dos equipamentos.
Além disso, o presidente do STF pediu relatórios detalhados sobre os testes realizados com as novas câmeras e informações sobre o cronograma de uso do software que permitirá a gravação automática remota. A Defensoria Pública de São Paulo também enviou um documento solicitando que o governo obrigue a adoção de câmeras em fardas de policiais militares envolvidos em operações, após um recente incidente que resultou na morte de um menino de 4 anos durante uma ação policial em Santos.
Em coletiva de imprensa, o comandante da PM na região afirmou que os agentes envolvidos na operação não utilizavam câmeras corporais e indicou que o projétil que matou a criança possivelmente partiu da arma de um policial. O STF está atento aos desdobramentos desse caso e exige transparência e detalhamento por parte do governo paulista em relação ao uso e aquisição das câmeras corporais para a Polícia Militar do estado.