As apurações estão ligadas à operação Contragolpe, que nas últimas semanas prendeu cinco indivíduos, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e outros oficiais, sob a acusação de articularem um plano para tomar o poder de forma ilegítima. As investigações revelam que esses planos foram discutidos em encontros em residências de figuras chave do governo anterior, como na casa do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que também é alvo das investigações.
Mauro Cid, um ex-ajudante de Bolsonaro que já havia fechado um acordo de delação premiada, teria fornecido à justiça detalhes que implicam Bolsonaro de forma mais direta nos atos ilícitos. Contudo, a divulgação de conteúdo sensível nos dispositivos eletrônicos de Cid levanta questões sobre a validade de sua delação, uma vez que relatar apenas parte da verdade pode comprometer seu acordo com o Ministério Público.
As declarações de auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, também reforçam que a Procuradoria tem interesse em formalizar denúncias contra os indiciados. No entanto, eles alertam que novas diligências ainda podem ser solicitadas, prolongando o processo. Assim, o cenário está cada vez mais tenso enquanto o país observa a evolução do caso que poderá moldar o futuro político do Brasil e a resposta judicial a quaisquer tentativas de desestabilização do Estado democrático. A expectativa permanece alta quanto à revelação de novos fatos que possam surgir à medida que as investigações avançam.