Na prática, isso significa que, caso a decisão se mantenha, Bolsonaro só poderá concorrer a novas eleições a partir de 2062, quando terá alcançado a notável idade de 107 anos. A Lei da Ficha Limpa, que visa assegurar a integridade das candidaturas, estabelece que indivíduos condenados em decisões colegiadas enfrentam a inelegibilidade por oito anos após o cumprimento da pena.
Essa condenação e a consequente inelegibilidade foram comentadas amplamente nas redes sociais, com figuras proeminentes do cenário jurídico brasileiro se manifestando sobre o impacto dessa decisão. O ex-juiz eleitoral Márlon Reis, reconhecido como um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, ressaltou a gravidade da situação, informando que a pena e o período de inelegibilidade significam que Bolsonaro não terá a chance de se reeleger durante o restante do seu potencial envolvimento na política.
A condenação gerou reações diversas entre os apoiadores e opositores do ex-presidente. Os partidários de Bolsonaro, que ainda mantêm um forte sentimento de lealdade ao ex-chefe do Executivo, expressaram descontentamento e preocupação com o futuro da política brasileira, enquanto críticos celebraram a decisão como um símbolo de accountability e justiça.
A expectativa em relação à resposta de Bolsonaro e seus seguidores torna-se um ponto focal para o engajamento político no Brasil nos próximos anos, uma vez que esse cenário pode influenciar não apenas o ex-presidente, mas também as próximas eleições, onde as consequências dessa condenação se farão sentir em um ambiente político já polarizado. Assim, o desdobramento de tal decisão pode moldar as narrativas políticas no Brasil e trazer novos desafios e oportunidades para a formação de alianças e a configuração de futuros líderes.