STF Conclui Interrogatórios de Réus em Ações Penais sobre Tentativa de Golpe no Governo Bolsonaro

Na última segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o interrogatório de 31 réus envolvidos nas ações penais relacionadas à suposta trama golpista durante o governo de Jair Bolsonaro. Ao longo de outubro, as principais declarações foram registradas, culminando neste importante desfecho processual.

Com a finalização dos interrogatórios, a Corte dá um passo significativo na instrução das ações penais contra os acusados nos núcleos 1, 2, 3 e 4 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os indivíduos foram acusados de tentativas de golpe de Estado com o intuito de reverter o resultado das eleições de 2022, um processo marcado por complexidades jurídicas e chargadas de embates políticos.

O último depoimento aconteceu nesta segunda, envolvendo os réus do núcleo 3, um grupo responsável por planejar ações táticas, incluindo o monitoramento de figuras-chave como o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o fim da etapa de interrogatórios, os réus deste núcleo têm agora um período de cinco dias para apresentar requerimentos adicionais ou solicitar novas investigações. Os prazos relativos aos outros núcleos já estão em andamento.

Após essa fase, será iniciado um período de 15 dias destinado às alegações finais tanto dos réus quanto da PGR. Este é um momento crucial, onde cada parte terá a oportunidade de fazer sua última manifestação antes da sentença, que pode levar à condenação ou absolvição dos réus.

Os acusados enfrentam diversas charges, incluindo crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

No núcleo 1, que inclui Jair Bolsonaro e outros sete aliados, o processo avança com a PGR já tendo solicitado a condenação. Faltam apenas as alegações finais do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e das defesas correspondentes. A expectativa agora é que o julgamento sobre a culpabilidade de Bolsonaro e dos outros réus ocorra em setembro, sob a supervisão da Primeira Turma do STF, que inclui o relator Alexandre de Moraes e outros ministros de peso, como Flávio Dino e Cármen Lúcia. A decisão desse tribunal será um marco no desfecho dessa polêmica história política brasileira.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo