STF Avalia Impugnação de Afastamento de Ednaldo Rodrigues da CBF em Meio a Crise na Entidade Estadual



O cenário político da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ganhou novos contornos após a decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, que afastou Ednaldo Rodrigues de sua presidência na entidade. Em meio a essa turbulência, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tomou a iniciativa de convocar tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisarem a situação envolvendo o afastamento de Ednaldo. Mendes determinou que a manifestação das partes interessadas e os pareceres da AGU e da PGR sejam apresentados em um prazo comum de cinco dias, enfatizando a urgência da questão.

A origem desse afastamento remonta a um pedido do próprio Gilmar Mendes, que solicitou uma investigação acerca de uma suposta fraude relacionada à assinatura do ex-presidente da CBF, coronel Nunes, em um acordo que havia consolidado a permanência de Ednaldo no cargo. Ao ser notificado da decisão judicial, Ednaldo, que está em seu posto desde a estabilização do acordo, imediatamente recorreu ao STF, buscando reverter a decisão e, ainda, solicitou a suspensão do processo que poderia levar a uma nova eleição presidencial na entidade.

Dentro desse campo político conturbado, o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, que foi o autor da ação que resultou no afastamento de Ednaldo, aparentemente articulou alianças para fortalecer sua posição. Recentemente, Sarney se encontrou com Francisco Mendes, filho do ministro Gilmar, o que indicou uma estratégia para consolidar um novo comando dentro da entidade, ressaltando que a situação na CBF era insustentável e que não havia planos de prolongar as disputas.

Com a crise em evolução e a iminência de novas eleições, o cenário parece favorável para Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), que apresentou uma chapa única e garantiu o apoio de 25 federações estaduais. Isso inviabiliza a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista (FPF), que precisaria do apoio de, pelo menos, oito entidades para seguir em frente. Os desdobramentos dessa crise e as articulações em torno da nova liderança da CBF seguem sob vigilância tanto das autoridades judiciais quanto do meio esportivo, trazendo novas incertezas para o futuro da organização.

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