A origem desse afastamento remonta a um pedido do próprio Gilmar Mendes, que solicitou uma investigação acerca de uma suposta fraude relacionada à assinatura do ex-presidente da CBF, coronel Nunes, em um acordo que havia consolidado a permanência de Ednaldo no cargo. Ao ser notificado da decisão judicial, Ednaldo, que está em seu posto desde a estabilização do acordo, imediatamente recorreu ao STF, buscando reverter a decisão e, ainda, solicitou a suspensão do processo que poderia levar a uma nova eleição presidencial na entidade.
Dentro desse campo político conturbado, o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, que foi o autor da ação que resultou no afastamento de Ednaldo, aparentemente articulou alianças para fortalecer sua posição. Recentemente, Sarney se encontrou com Francisco Mendes, filho do ministro Gilmar, o que indicou uma estratégia para consolidar um novo comando dentro da entidade, ressaltando que a situação na CBF era insustentável e que não havia planos de prolongar as disputas.
Com a crise em evolução e a iminência de novas eleições, o cenário parece favorável para Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), que apresentou uma chapa única e garantiu o apoio de 25 federações estaduais. Isso inviabiliza a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista (FPF), que precisaria do apoio de, pelo menos, oito entidades para seguir em frente. Os desdobramentos dessa crise e as articulações em torno da nova liderança da CBF seguem sob vigilância tanto das autoridades judiciais quanto do meio esportivo, trazendo novas incertezas para o futuro da organização.