STF adia decisão sobre legalidade da revista íntima em presídios após divergência de opiniões entre ministros durante julgamento.



O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de um intenso debate sobre a legalidade da revista íntima em visitantes de presídios, durante a sessão realizada na quinta-feira (6). As opiniões dos ministros se mostraram divergentes, resultando na suspensão do julgamento, que será retomado na próxima quarta-feira (12).

O ministro Edson Fachin destacou sua posição contrária à revista íntima, argumentando que se trata de um procedimento vexatório que viola a dignidade humana. Em sua visão, o poder público teria a responsabilidade de, em um prazo de 24 meses, instalar equipamentos como scanners corporais, esteiras de raio-x e portais detectores de metais para substituir as revistas invasivas.

Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes discordou de Fachin, argumentando que a revista íntima, em si, não é ilegal, desde que realizada em situações excepcionais, onde haja fundada suspeita de que o visitante esteja transportando algo ilícito em seu corpo. Moraes defendeu que o procedimento poderia continuar sendo realizado nos casos em que os scanners corporais não estivessem operacionais.

O debate levantado no STF revela a complexidade e as nuances envolvidas na questão da revista íntima em presídios, mostrando a preocupação dos ministros com a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, mesmo diante da necessidade de segurança nas unidades prisionais.

Diante das diferentes argumentações apresentadas pelos ministros, a expectativa é de que a retomada do julgamento na próxima semana traga mais esclarecimentos e possíveis encaminhamentos sobre o tema, contribuindo para a construção de uma decisão que concilie a segurança nas prisões com o respeito à dignidade dos visitantes.

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