Após o apito final, os torcedores do St. Pauli invadiram o gramado do Millerntor-Stadion para comemorar a tão sonhada volta à elite do futebol alemão. Conhecido como “piratas”, o clube tem uma história de engajamento social e combate a discriminações. O St. Pauli é visto como um clube progressista no meio do futebol, sendo um dos poucos que abertamente lutam contra o machismo, homofobia e racismo. Essa postura inclusiva está presente no estatuto do clube.
Fundado em 1924, o St. Pauli resistiu ao regime nazista na Alemanha, recusando a ordem de excluir atletas judeus de seus elencos. Nos anos 80 e 90, os torcedores lideraram um movimento anti-fascista dentro da própria torcida, combatendo ideologias extremistas. Atualmente, é comum ver faixas com a suástica nazista destruída, bandeiras LGBTQIA+ e mensagens anticapitalistas nas arquibancadas.
Com 65 pontos e o acesso garantido, o St. Pauli ainda tem a chance de conquistar o título da segunda divisão alemã na última rodada, quando enfrentará o Wehen Wiesbaden fora de casa. A ascensão do clube à primeira divisão marca não apenas um retorno esportivo, mas também reforça sua postura de resistência e luta por igualdade dentro e fora de campo.
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