Com um total de 32 salas de exibição, sendo a maior parte delas localizada em CEUs nas periferias da cidade, o Circuito SPCine tem como objetivo principal criar o hábito nas pessoas de frequentarem as salas de cinema próximas de suas casas. Para atrair mais público, a empresa pretende passar por mudanças na comunicação em breve, incluindo uma nova identidade visual nos locais de exibição.
Outra ideia em estudo é a inclusão de “agentes de mobilização” para divulgar a programação nos territórios, visando atrair mais espectadores. A SPCine registrou um aumento significativo no interesse pelas salas do circuito no pós-pandemia, com mais de 225 mil pessoas frequentando os cinemas em 2024, um número três vezes maior do que o registrado em 2022.
Apesar do crescimento, as salas ainda não alcançaram todo o seu potencial, especialmente nos bairros superpopulosos como Grajaú e Cidade Tiradentes. As salas oferecem filmes gratuitos em 27 CEUs e no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes, enquanto nos outros endereços, os ingressos são vendidos a preços populares.
Além do Circuito SPCine, a empresa se destaca pela São Paulo Film Commission, programa que viabiliza a infraestrutura para produções audiovisuais na capital paulista. Em 2024, foram realizadas 1.168 produções em parceria com a SP Film Commission, demonstrando o aquecimento do mercado audiovisual.
No entanto, a presidente Lyara Oliveira enfrenta críticas de uma ala de cineastas ligados à direita, que questionam sua gestão na SPCine. Apesar das pressões políticas, Lyara mantém o diálogo aberto com o setor audiovisual e enfatiza a importância da diversificação e ampliação do mercado audiovisual nos últimos anos. A SPCine continua buscando inovações e investimentos, incluindo a criação de um streaming próprio, editais de fomento e a entrada na indústria de jogos, refletindo o dinamismo do setor nos últimos anos.