De acordo com as Forças de Israel, a maioria dos militares mortos eram membros da infantaria. O “New York Times” informou que a ala militar do Hamas afirmou, em um comunicado no Telegram na terça-feira, que seus combatentes emboscaram alguns soldados israelenses em um prédio em Beit Hanoun, no norte de Gaza. No entanto, essa versão do confronto não pôde ser confirmada de forma independente.
Em Israel, um país onde o serviço militar obrigatório é um rito de passagem para muitos cidadãos judeus, os nomes e rostos dos soldados estavam estampados nas primeiras páginas da maioria dos sites de notícias. Outros foram anunciados ao vivo na televisão israelense, quando o exército informou sobre as 15 mortes nesta quarta-feira.
Tzachi Hanegbi, conselheiro de segurança nacional de Israel, disse a repórteres em Tel Aviv na terça-feira, antes do anúncio das mortes dos 15 soldados: “Esta é uma campanha difícil, que requer combate em Gaza. Não há combate sem um preço doloroso.”
Nos últimos dois dias, também ocorreram confrontos com o Hezbollah e outros grupos armados na fronteira entre Israel e Líbano, onde outros oito soldados israelenses perderam a vida.
O exército israelense afirmou ter atingido mais de 11 mil alvos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando iniciou uma campanha de ataques aéreos em resposta a um ataque do Hamas que matou cerca de 1.400 pessoas em Israel e deixou mais de 200 como reféns. A escala dos bombardeios supera qualquer uma das guerras anteriores entre Israel e membros do Hamas.
Na terça-feira, as forças israelenses tomaram o que afirmaram ser um reduto militar do Hamas no oeste de Jabaliya, uma área residencial densamente povoada ao norte de Gaza City, afirmando terem matado mais de 50 membros do grupo terrorista. Não houve comentários imediatos do Hamas.
As forças israelenses também atingiram o que afirmaram ser outro reduto do Hamas em Jabaliya, causando ampla devastação. Fotos das explosões mostraram palestinos caminhando entre os escombros em busca de sobreviventes.
O objetivo dessa operação militar é desmantelar o Hamas, conforme afirmam autoridades israelenses, embora não esteja claro o que aconteceria se tiverem sucesso nessa empreitada. Oficiais têm alertado o público israelense a esperar uma campanha longa e sangrenta contra o grupo armado palestino.