Acusado de crimes de guerra relacionados às suas ações na Faixa de Gaza, Vagdani se viu em apuros quando, em janeiro deste ano, a Justiça brasileira decidiu investigar suas atividades. A denúncia, que partiu da Fundação Hind Rajab, fez com que o militar se tornasse um alvo imediato das autoridades locais. No entanto, segundo o próprio Vagdani, a sua situação mudou radicalmente quando recebeu uma misteriosa ligação do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Em sua narrativa, o soldado descreveu como acordou com mensagens e chamadas não atendidas antes de finalmente entrar em contato com um agente que se identificou como parte do Mossad. Em um tom de urgência, o oficial afirmou a Vagdani que ele precisava deixar o Brasil imediatamente, sob o risco de enfrentar um processo judicial. O tom da conversa, conforme relatado pelo soldado, foi direto e claro: “Você tem que deixar o Brasil nas próximas horas”. Assustado, Vagdani inicialmente questionou a identidade do interlocutor, mas a gravidade da ameaça logo se tornou evidente.
Este episódio levanta numerosas questões sobre a polarização entre ações militares e legislações de direitos humanos, bem como a atuação de instituições internacionais. A relação entre Israel e os organismos de direitos humanos tem sido frequentemente tensa, e a fuga de Vagdani acende um novo debate sobre a responsabilidade das nações em casos de supostos crimes de guerra. A história continua a se desdobrar, e as implicações podem gerar repercussões significativas nas relações entre Brasil e Israel, além de afetar o debate global sobre a justiça em conflitos armados.