Sol mais calmo: buracos coronais aumentam velocidade do vento solar próximo à Terra, segundo chefe de Laboratório de Astronomia Solar russo.

Os buracos coronais solares são regiões na coroa do Sol onde a densidade e a temperatura do plasma são reduzidas, sendo detectados por meio de imagens de satélite de raios X. Geralmente, a densidade nessas regiões é cerca de cem vezes menor do que no restante da coroa solar.

Segundo o chefe do Laboratório de Astronomia Solar do Instituto de Pesquisas Espaciais russo, Bogachev, os buracos coronais são um fenômeno oposto à atividade solar e ocorrem em um Sol calmo. Após um início de ano ativo, o Sol está mais calmo e esses fenômenos estão se formando com maior intensidade.

Um dos principais efeitos dos buracos coronais é o aumento da velocidade do vento solar nas proximidades da Terra. Hoje, estima-se que essa velocidade deva aumentar de 400 para 600 quilômetros por segundo e se manter nesse nível ao longo da semana. Para o cientista, esse aumento é significativo, mas não representa um perigo iminente.

Apesar do vento solar levar à deterioração da situação na magnetosfera terrestre, Bogachev considera improvável que cause tempestades magnéticas. Ele ressalta que embora os buracos coronais possam desencadear tempestades, ainda existem muitos fatores desconhecidos que dificultam uma previsão precisa.

Em resumo, os buracos coronais solares são fenômenos que surgem em um Sol mais calmo e contribuem para o aumento da velocidade do vento solar na Terra. Apesar dos possíveis efeitos na magnetosfera, as chances de tempestades magnéticas são consideradas baixas. O estudo contínuo desses eventos é fundamental para entender melhor o comportamento do nosso Sol e seus impactos no nosso planeta.

Sair da versão mobile