Sobrevivente de explosão em Maceió acorda no hospital sem entender acontecido: “Só agradecer a Deus por mais uma vida que ele me deu”

Na manhã de quinta-feira (7), um trágico incidente abalou o residencial Maceió I, localizado no bairro Cidade Universitária, em Maceió, quando uma explosão seguida do desabamento do prédio deixou várias vítimas. Entre os sobreviventes, Thayrone dos Santos, um mecânico de 28 anos, compartilhou sua angustiante experiência ao acordar no hospital sem compreender a gravidade do que havia ocorrido.

Thayrone estava na casa da namorada no momento da explosão e, após o colapso, foi rapidamente socorrido e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE). Ao despertar, ele se viu cercado por médicos e, inicialmente, não tinha ideia de que um prédio inteiro havia desabado. “Vim me acordar já no hospital, sem entender nada. Disseram que era por causa de um prédio e eu sem entender. Quando cheguei em casa, que vi as fotos de como ficou o prédio, que eu vim entender”, relatou, revelando a confusão e o choque que sentiu diante da situação.

O mecânico saiu do incidente com ferimentos significativos — foram 16 pontos na cabeça, sete no braço e uma série de arranhões nas costas. Agora recuperando-se em casa com sua mãe, Maria Betânia dos Santos, Thayrone reflete sobre sua sorte ao estar vivo. “Só agradecer a Deus por mais uma vida que ele me deu. Isso aqui eu nasci e vivi de novo”, afirmou emocionado.

Por outro lado, a mãe de Thayrone não tinha conhecimento de que seu filho estava entre os feridos quando viu os vídeos da tragédia circulando nas redes sociais. “Ele estava com hemorragia interna na cabeça. Eu ia perder meu filho caçula, ainda estou nervosa com o que aconteceu”, disse ela, visivelmente abalada e preocupada.

A explosão também causou danos significativos a outros moradores do prédio. Alberto Rodrigues, que teve que deixar seu apartamento após o colapso, recordou o momento do acidente. “Eu estava dormindo com minha esposa e o cachorro, e minha filha no outro quarto, já me acordei com o barulho e pensei que era um avião que estava caindo”, revelou, expressando sua perplexidade diante da destruição.

A Defesa Civil interditou 21 imóveis na área, dos quais 13 já foram liberados, enquanto oito permanecem isolados até que as condições estruturais sejam restauradas. O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, explicou que os apartamentos ainda interditados passarão por reparos antes de serem habitáveis novamente: “Oito vão continuar interditados até que se faça os reparos necessários na função estrutural desses apartamentos e eles possam voltar com segurança”.

Assim, o incidente em Maceió não apenas deixou marcas físicas em seus sobreviventes, mas também ressoou profundamente nas vidas da comunidade envolvida, que ainda tenta processar os acontecimentos de um dia trágico que alterou sua rotina e segurança.

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