Sistema penitenciário do Rio de Janeiro não tem condições de receber Roberto Jefferson, diz Secretaria de Administração Penitenciária

O sistema penitenciário do Rio de Janeiro enfrenta um impasse com relação ao detento Roberto Jefferson, ex-deputado e atualmente sem partido. Após o hospital particular Samaritano Botafogo sugerir dar alta ao ex-político, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado afirmou que não tem condições de recebê-lo e tratá-lo devido à sua situação clínica.

A questão foi levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes solicitar que fossem realizados exames para averiguar a possibilidade de Jefferson retornar à prisão de Bangu 8, onde está desde outubro de 2022. O hospital apresentou um relatório indicando a estabilidade clínica do detento e sugerindo que ele poderia receber tratamento fora da unidade. No entanto, a Seap argumenta que, mesmo com a estabilidade do paciente, é recomendável que ele permaneça internado no hospital para evitar complicações em suas doenças crônicas e manter um controle nutricional adequado.

O caso de Roberto Jefferson remonta a 2021, quando o ministro Moraes determinou sua prisão domiciliar após relacioná-lo a uma “organização criminosa” envolvida em atividades que visavam desestabilizar as instituições públicas, no âmbito de um inquérito sobre milícias digitais. Jefferson permaneceu em regime domiciliar até outubro de 2022, quando violou suas condições ao proferir ofensas contra a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF na época, e resistir à prisão, chegando a disparar contra agentes da Polícia Federal.

Em junho de 2023, a Justiça autorizou a transferência de Jefferson para o hospital Samaritano Botafogo após uma queda, alegando a necessidade de um tratamento especializado e multidisciplinar que não poderia ser oferecido no presídio. A situação do ex-deputado segue sob análise das autoridades competentes, enquanto o impasse sobre sua permanência ou não na unidade hospitalar se mantém.

Sair da versão mobile