Sistema de saúde à beira do colapso em Gaza põe em risco vida das 50 mil mulheres grávidas, alerta representante da ONU.



Cerca de 50 mil mulheres grávidas que vivem na Faixa de Gaza enfrentam um verdadeiro pesadelo diante do colapso do sistema de saúde da região, alertou Dominic Allen, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a Palestina. Em entrevista à rede americana CNN, Allen ressaltou que o sistema de saúde de Gaza já estava em um estado crítico, mas a situação se agravou ainda mais devido à reação israelense à ofensiva terrorista lançada pelo Hamas no início de outubro.

A crise humanitária em Gaza tem atingido níveis alarmantes. Após o letal ataque realizado pelo movimento islâmico Hamas em 7 de outubro, Israel decretou estado de sítio total na Faixa de Gaza, que já está sob bloqueio há 16 anos, impedindo a entrada de alimentos, água e eletricidade neste pequeno território habitado por 2,4 milhões de pessoas.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino do Hamas, os ataques israelenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de 2.329 pessoas até o momento. Além disso, 9.042 pessoas ficaram feridas nos bombardeios retaliatórios em resposta ao ataque do Hamas a Israel. Relatórios anteriores indicaram que mais de 700 crianças foram mortas em Gaza desde o início do conflito.

Diante desse cenário desolador, o Papa Francisco fez um apelo neste domingo para a criação urgente de corredores humanitários que possam auxiliar os habitantes da Faixa de Gaza, que estão sob bombardeio constante e cercados por Israel. Durante sua tradicional oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o pontífice argentino ressaltou a necessidade de respeitar o direito humanitário e garantir a segurança da população. Ele pediu veementemente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas desse conflito devastador.

Além disso, o Papa Francisco também reiterou seu apelo pela libertação dos reféns sequestrados por combatentes do Hamas no sul de Israel, demonstrando sua preocupação com a situação das pessoas presas em meio a esse conflito instável.

A crise humanitária em Gaza continua a se intensificar, com a população enfrentando cada vez mais dificuldades para ter acesso a serviços básicos de saúde. É fundamental que medidas urgentes sejam tomadas para garantir a segurança e o bem-estar dos habitantes da região, especialmente das mulheres grávidas que enfrentam um futuro incerto devido à precariedade do sistema de saúde gazaui.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo