Sistema de degelo e controlador de temperatura falham em acidente da Voepass; manutenção da aeronave estava em dia.

No último dia 9 de agosto, um acidente aéreo chocou o Brasil. Um avião ATR-72 da Voepass despencou quatro mil metros em apenas dois minutos, em Vinhedo, interior de São Paulo. Agora, novas informações surgem sobre as possíveis causas desta tragédia.

De acordo com o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), o sistema de degelo do avião desligou e religou diversas vezes antes da queda. Além disso, foi apontado que outro equipamento responsável por controlar a temperatura da aeronave não estava funcionando adequadamente. Mesmo assim, a aeronave estava com a manutenção em dia e apta para voar em condições de gelo.

A tripulação do voo possuía treinamento específico para lidar com situações de gelo, e todos os certificados estavam em vigor. Após a queda, os motores e peças importantes foram retirados do local do acidente e encaminhados para análise.

Especialistas acreditam que a formação de gelo tenha sido um fator determinante para o acidente. No entanto, outras possibilidades não podem ser descartadas, como uma falha no motor. O avião ATR-72 possui mecanismos para combater o gelo, mas cabe ao piloto acioná-los quando necessário.

Um relatório do CENIPA revelou que o mesmo avião já havia apresentado problemas em março deste ano, em Salvador, indicando baixo nível de óleo hidráulico e contato anormal com a pista durante o pouso. A Voepass afirmou que o avião estava apto para voar, mas não detalhou quais reparos foram realizados.

A investigação sobre as causas do acidente continua em andamento, e a análise dos dados da caixa-preta será fundamental para esclarecer o que de fato aconteceu naquele trágico dia. A tragédia da Voepass levanta questões importantes sobre a segurança aérea e a manutenção de aeronaves no Brasil.

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