Síria pede ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha contra a agressão israelense e alerta sobre a crescente violência na região.

Em um cenário de crescente tensão no Oriente Médio, a Síria está fazendo um apelo à comunidade internacional, especialmente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que intervenha e ponha fim ao que classifica como agressões israelenses. O chanceler sírio, Koussay Aldahhak, expressou essa demanda em uma coletiva de imprensa realizada no dia 9 de dezembro de 2024. Ele destacou que a missão permanente da Síria na ONU continua a colaborar com as autoridades do país, visando assegurar que a política externa seja fiel aos interesses nacionais, mesmo em um momento de transição política que se avizinha.

Aldahhak mencionou que, embora haja expectativas de formação de um novo governo, a missão síria em Nova Iorque permanece ativa e em contato constante com o primeiro-ministro e o atual ministro das Relações Exteriores. O diplomata ressaltou que sua equipe está seguindo as orientações das lideranças que determinam as políticas do país, insistindo que essa colaboração continua enquanto se aguarda a formação de um novo governo.

A situação na Síria, que já é marcada por um prolongado conflito, vem se deteriorando ainda mais com os avanços de vários grupos militantes. Nos últimos dias, houve intensificação das hostilidades, especialmente nas províncias de Aleppo e Idlib, onde, em 27 de novembro, a facção Tahrir al-Sham, junto com outros grupos armados da oposição, lançou uma ofensiva em grande escala contra o exército sírio. Essa ofensiva é considerada a mais significativa desde 2016, sinalizando um retorno preocupante à violência em um país que já sofreu tanto nos últimos anos.

Os acontecimentos recentes ressaltam a complexidade da situação na Síria, que é influenciada por diversas dinâmicas regionais e internacionais. O apelo da Síria ao Conselho de Segurança da ONU não é apenas um clamor por proteção, mas também uma tentativa de buscar apoio diante de um cenário de agressões externas, que podem desestabilizar ainda mais a região. Assim, a comunidade internacional se vê diante de um dilema: como responder à escalada de conflitantes interesses e à necessidade de um processo de paz duradouro?

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