A campanha UNiTE (UNiTE by 2030 to End Violence Against Women Campaign) foi lançada em 2008 pela ONU, com o objetivo de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Segundo as estimativas mais recentes, quase 1 em cada 3 mulheres com 15 anos ou mais em todo o mundo foi vítima de violência física ou sexual por parceiro íntimo, não parceiro ou ambos, pelo menos uma vez na vida. Globalmente, cerca de 137 mulheres são mortas por seu parceiro íntimo ou por um membro da família todos os dias.
A pandemia de COVID-19 intensificou a vulnerabilidade das mulheres à violência doméstica em todo o mundo. Ao longo dos “16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero” – uma campanha internacional anual que vai de 25 de novembro a 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos – o foco deste ano será a violência de gênero no mundo do trabalho. A violência contra a mulher é definida pela Organização Mundial de Saúde como todo ato de violência baseado no gênero que resulta em dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade.
Enquanto a legislação brasileira é considerada uma das mais avançadas do mundo na proteção à mulher, o país ocupa a sétima posição no ranking dos países com o maior número de homicídios de mulheres. A violência contra as mulheres tem impactos significativos na saúde, com vítimas que sofrem consequências físicas e mentais, aumento do risco de doenças de ocorrência tardia e sofrimento moral.
Em março de 2021, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos divulgou que mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher foram registradas nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100 em 2020. 72% dessas denúncias são referentes à violência doméstica e familiar. Com isso, o evento promovido pelo Sinteal busca levantar a discussão sobre a violência contra a mulher e suas consequências, e promover a conscientização da sociedade sobre a importância de eliminar esse tipo de violência.