Em uma era em que a gratificação instantânea se tornou a norma, Cohen e sua equipe na 42nd Street Photo continuam a atender a uma clientela que busca a experiência clássica e artesanal da fotografia analógica. No entanto, um dos aspectos mais preciosos dessa prática parece estar se perdendo com o passar do tempo.
Com o renascimento do interesse pela fotografia analógica, impulsionado em parte pelos confinamentos da pandemia, a questão da propriedade dos negativos tornou-se uma preocupação crescente entre os desenvolvedores de laboratórios de filmes comerciais em todo o mundo. Os negativos são considerados o trabalho original do artista, detendo a chave para reproduzir as imagens capturadas, enquanto os direitos autorais muitas vezes não estão diretamente ligados aos negativos.
Essa separação entre a propriedade dos negativos e a propriedade dos direitos autorais pode levar a complicações legais e desafios éticos, especialmente em um cenário onde a tecnologia digital redefine constantemente a prática fotográfica. Enquanto a maioria das lojas modernas digitaliza os negativos para fornecer cópias digitais aos clientes, as antigas práticas de manter os negativos físicos são cada vez mais raras.
O esforço de profissionais como Cohen e a crescente demanda por fotografia analógica indicam um retorno não apenas à estética visual do filme, mas também a uma apreciação mais profunda do processo criativo e da preservação da arte fotográfica. Em um mundo cada vez mais digital, os negativos continuam sendo símbolos tangíveis da criatividade e da herança artística, trazendo à tona questões fundamentais sobre propriedade intelectual e a importância de preservar a autenticidade e a originalidade nas artes visuais.