Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é transferido para a Papudinha e dividira cela com Anderson Torres após fracassada tentativa de fuga para El Salvador.

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi recentemente transferido para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como “Papudinha”, onde compartilhará cela com Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro. Silvinei chegou à capital federal em um voo da Polícia Federal, desembarcando em Brasília neste sábado, por volta das 16h30, portando apenas uma pequena mala de viagem.

A detenção de Silvinei ocorre em um contexto de condenação a mais de 24 anos de prisão, a qual foi determinada em razão de sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. A situação se complicou ainda mais quando ele foi capturado no Paraguai, na última sexta-feira, enquanto tentava fugir para El Salvador. Antes de sua prisão, Silvinei não possuía um mandado de prisão ativo, pois estava aguardando o desfecho das investigações sobre sua condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), onde um monitoramento com tornozeleira eletrônica foi imposto à sua liberdade condicional.

A tentativa de fuga de Silvinei envolveu o uso de documentos falsos, com o objetivo de embarcar em um avião no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Ele tentou se passar por um cidadão paraguaio, mas foi interceptado pelas autoridades locais. A adidância da Polícia Federal no Paraguai já tinha alertado seus colegas sobre a movimentação suspeita, facilitando a prisão do ex-diretor da PRF.

Após a detenção, Silvinei foi rapidamente entregue às autoridades brasileiras, tendo sido levado de volta ao Brasil por meio da fronteira de Foz do Iguaçu. O encaminhamento se deu em um contexto de expulsão sumária acordada entre as autoridades dos dois países e, após uma noite sob custódia, ele foi finalmente transportado para Brasília.

As investigações apontam que Silvinei Vasques teria atuado como um dos coordenadores de ações que buscavam desestabilizar o processo eleitoral de 2022, tentando promover bloqueios em rodovias para prejudicar a votação em áreas onde Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato, tinha forte apoio. Tal conduta foi classificada como crime de prevaricação e violência política pelas autoridades competentes.

Agora, ele enfrentará seu julgamento no convívio de outro ex-integrante do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que já se encontra preso em condições similares desde novembro. O desdobramento desse caso continua a ser monitorado de perto pelas autoridades, levantando questões sobre a responsabilidade e as ações de figuras proeminentes na política brasileira recente.

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