O fungo responsável pela sigatoka negra, Pseudocercospora fijiensis (Mycosphaerella fijiensis), também afeta helicônias e mudas ornamentais. Diante desse cenário, uma força-tarefa articulada pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e das secretarias municipais de agricultura, tem se empenhado em combater a propagação da doença.
Medidas preventivas são essenciais para conter a disseminação da sigatoka negra. Entre elas, é fundamental controlar a entrada de frutos e mudas de outros estados, exigindo a documentação adequada, como a Permissão de Trânsito de Vegetais (PVT) emitida pela Adeal. Além disso, a recomendação é plantar variedades de banana resistentes à doença e não utilizar folhas de bananeiras para proteger outros produtos vegetais.
Sidney Rocha, gerente de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Alagoas, destaca a importância de informar imediatamente às autoridades sanitárias ao identificar sintomas da sigatoka negra nas plantas. Os primeiros sinais aparecem nas folhas mais jovens, com pontos claros na parte inferior, evoluindo para listras marrons que se expandem e formam manchas negras, levando ao ressecamento e morte da planta.
Além das orientações já mencionadas, o manejo e controle da doença requerem cuidados adicionais. A aquisição de mudas livres de sigatoka negra, a desinfecção de bananas e caixas plásticas, a eliminação de bananeiras abandonadas, a adubação adequada, o combate ao mato e o uso de defensivos autorizados são práticas recomendadas para evitar a propagação da doença e garantir a saúde das plantações.