De acordo com informações preliminares, o míssil percorreu uma distância mínima de 1.100 quilômetros antes de se precipitar no mar. Isso levanta a possibilidade de que, se confirmado como um míssil hipersônico, o lançamento teria sido notável por atingir uma distância sem precedentes para esse tipo de armamento norte-coreano. Especialistas apontam que esses mísseis, projetados para voar a velocidades superiores aos mil quilômetros por hora, têm a capacidade teórica de impactar bases militares dos Estados Unidos em Guam, localizadas a aproximadamente 3.400 quilômetros de Pyongyang, caso disparados em total capacidade.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul caracterizou o lançamento como uma “provocação clara”, reiterando que monitorará de perto as atividades militares da Coreia do Norte em um esforço para garantir a segurança na região. Essa declaração reflete o permanente clima de tensão que envolve os exercícios de cooperação militar entre a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão, os quais Pyongyang tem classificado como um “bloco militar agressivo”.
Esse lançamento foi o primeiro do ano e ocorre dois meses após um evento semelhante, onde um míssil balístico de curto alcance foi disparado em novembro de 2024. Em uma reunião de final de ano do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o regime de Kim Jong-un anunciou que adotará uma postura “mais dura” em relação aos Estados Unidos. Esse cenário evidencia a crescente complexidade das relações internacionais na península da Coreia, onde a dinâmica de forças continua a se transformar rapidamente em um contexto de segurança conturbado. As tensões na região, portanto, prometem ser uma preocupação central para os próximos meses.