Gilberto Tomazoni, líder da força-tarefa de Agricultura e Sistemas Alimentares Sustentáveis do B20 Brasil e CEO Global da JBS, ressaltou a importância de reconhecer e remunerar os serviços ecossistêmicos realizados pelos produtores rurais. Ele sugeriu que os países trabalhem juntos para criar uma estrutura que reconheça esses serviços e utilize parte deles como financiamento para a transformação dos pequenos produtores.
O B20 Brasil propõe que os países desenvolvidos apoiem os países menos desenvolvidos por meio da disseminação de tecnologias e financiamento internacional. O objetivo principal é financiar a transição dos sistemas alimentares para modelos mais resilientes e sustentáveis, especialmente para os pequenos produtores. É estimado que serão necessários entre US$ 300 bilhões e US$ 350 bilhões anualmente até 2030 para essa transformação.
Além do aspecto financeiro, o B20 Brasil também sugeriu a adoção de medidas técnicas operacionais e sociais para a implementação de práticas inovadoras e altamente produtivas pelos produtores rurais. O pagamento por serviços ambientais é apontado como uma proposta válida para todos os países. O B20 Brasil recomenda ainda o aumento da produtividade por meio do desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com foco na inclusão dos pequenos produtores, e a promoção do sistema de comércio multilateral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para alimentos e agricultura, eliminando barreiras de mercado.
Essas propostas foram apresentadas aos ministros de Agricultura do G20 com o intuito de acelerar soluções que possam contribuir para produzir mais, preservar a biodiversidade e aumentar a resiliência dos sistemas de produção de alimentos, energia e fibra para as futuras gerações. A iniciativa do B20 Brasil visa impulsionar a transformação da agricultura em direção a modelos mais econômica e ambientalmente responsáveis.